terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Chove lá e chove cá

E enquanto a chuva molha o mundo lá fora, um temporal encharca tudo aqui dentro. Temporal inclemente de  sentimentos controversos, amores inconfessos, saudades incontestes. Turbilhão afetivo e efetivamente fora de controle. 



A sensação é de tempo perdido, de vida não-vivida, de amores não-amados, sentimentos não-sentidos, de perguntas condenadas a eternas não-respostas, de dizeres relegados a profundos silêncios.

Nada disso é novo. Somos velhos conhecidos. Convivemos há tempos. Eu e esse não-viver, esse estacionar, esse estagnar, esse calar. A chuva só vem lembrar que mesmo que as águas rolem, poças sempre se formam e aglutinam podridões.

Consola saber que um dia o sol vai voltar. E secar as águas lá de fora. Quem sabe vem um sol e seca as daqui de dentro também?

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