segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Chá de Alecrim

Hoje eu acordei com frio na alma... é um frio sem explicação (o dia está até bem quente), que toma conta, acinzenta e enfeia a vida toda. É uma espécie de inverno astral (não! não é inferno astral!).

Com a alma gelada, comecei lenta e desinteressadamente meus afazeres (absurdamente tediosos, diga-se de passagem) e não entendia o por que daquele cansaço, daquela angústia... cuidando da minha Brisa, olhei de soslaio para as plantinhas que acomodei no terraço e lá estava aquele vaso de alecrim me olhando de longe... me lembrei da minha amiga-irmã Rosa Maria que falou certa vez que eu deveria tomar chá dessa planta.

Como não gosto de chá, nunca dei bola. Puxei pela memória, no entanto, e lembrei que ela me dizia que chá de alecrim é bom para esses apertos no peito, essas saudades de não-sei-quê, esses males da alma. Resolvi dar crédito e colhi alguns galhinhos, sob o olhar vigilante da Brisa, que acabou ganhando um galho para mordiscar.

Fiz o chá, meio crente meio descrente, adocei com mel e açúcar, esperei amornar um pouco e comecei a tomar, alternando golinhos e caretas. Não é que o chá tenha gosto ruim... é até gostoso, embora tenha ficado forte demais... mas, tenho uma memória negativa sobre chás, que me impede de gostar dessa bebida.

À medida que a caneca se esvaziava, no entanto, percebi que a sensação de congelamento diminuía, a angústia foi passando, a cabeça já conseguia pensar melhor sobre as tarefas... o mal estar  foi deixando meu corpo, minha mente, meu coração, minh'alma.

Me senti melhor.... aliás, me sinto melhor agora. 

Quem me conhece há muito tempo, por certo se espantaria de tomar conhecimento desse depoimento... quem diria, eu tomando chá e fazendo propaganda?




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