segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Déjà vu

Antigamente, eu tinha um blog e, antes dele, tive outros tantos. E eu sempre prometia que iria escrever e publicar regularmente e... déjà vu... não conseguia.


Uma vez, eu escrevi sobre uma certa fase negra que, aparantemente, tinha passado e... déjà vu... a fase voltou e, depois dela, a sensação de que tudo estava bem, finalmente.


Outra vez, eu escrevi sobre o reveillon e sobre as expectativas para o novo ano e sobre as dores e alegrias do ano velho e... déjà vu... as mesmas dores e alegrias voltaram no ano seguinte, junto com as mesmas expectativas e  com as promessas de não prometer nada e de viver um dia de cada vez.


Teve, também, um dia em que escrevi sobre decepções e frustrações com pessoas amadas e, déjà vu... tempos depois os mesmos sentimentos eram descritos de outro jeito. 


E os projetos... ah, os projetos... tantos e tão mirabolantes (e, "tão perfeitamente factíveis"). Se repetem e se reciclam como se fossem sazonais, inexoráveis como primavera, verão, outono e inverno ou como as fases gordinhas e magrinhas da lua.


Escrevi também sobre amores, amizades, solidão, desejos e sonhos e... déjà vu... os mesmos temas apareceram tempos depois em "novos" textos. Medos, angústias e agonias também ganham novas roupagens de tempos em tempos.


No final, são velhos conteúdos reciclados e adornados em novas embalagens. 


Acho é que eu sou um tédio. Ainda não descobri como eu aguento conviver comigo mesma há tanto tempo.

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